A diversidade cultural e social do Brasil nos revela desafios e possíveis soluções para a plenitude da cidadania. Essa pluralidade de experiências é amplamente abordada por pesquisadores de diferentes universidades e instituições afins, que buscam analisar as problemáticas sociais brasileiras e produzem material de análise que fomentam debates sobre o tema.
Para o compartilhamento desses materiais, foi realizada a 3ª Mostra Nacional de Vídeo Cidadão, na manhã desta quinta-feira, 20, abrindo o dia da II Conferência Sul-Americana e VII Conferência Brasileira de Mídia Cidadã. Cerca de 20 trabalhos foram apresentados para um grande público, mostrando a relação entre a comunicação cidadã e o próprio povo, por vários ângulos.
Foram expostos vídeos produzidos em universidades de outros estados, além de produções locais, valorizando os múltiplos pontos de vista sobre como fazer uma mídia voltada para as comunidades, cada vez mais próxima do cidadão.
Uma das expositoras, a professora Ariane Pereira, da Universidade Federal do Centro-Oeste (UNICENTRO-PR) mostrou a situação de abandono de alguns bairros pobres da cidade paranaense de Guarapuava. A série de vídeos “A voz das ruas”, projeto realizado pelos seus alunos de Jornalismo, denuncia o descaso por parte do poder público com relação aos moradores.
Segundo Ariane, idealizadora da Mostra em 2009, a proposta é a de divulgar pesquisas e suscitar discussões: “O Brasil é um pais plural e a idéia é a de mostrar a todo o país as problemáticas existentes e promover o debate de idéias para construir uma comunicação cidadã”. Além de promover o debate, o evento tem como objetivo “fomentar a produção científica nacional, com relação à mídia cidadã, para que mais pessoas no Brasil inteiro tenham acesso a esses vídeos e possam participar dos debates. Esse é o foco do evento”.
Raquel Trindade, aluna do 4º semestre de Jornalismo da UFPA, mostrou um projeto de Rádio Escolar na Ilha de Caratateua, em Belém. Os alunos da Escola Estadual do Outeiro fazem funcionar, orientados em uma oficina de rádio, uma estação com programação própria transmitida para todo o colégio, graças à dedicação de professores e dos próprios jovens. Para Raquel, a proposta era buscar uma mídia alternativa que propusesse um benefício social a uma comunidade. “Quando falamos de mídias alternativas, o intuito é de que ela seja um transformador social, e neste caso de Outeiro, foi o que aconteceu”, disse a estudante.
Ainda sobre a Rádio Escolar, os alunos engajados no projeto passaram a enxergar o mundo com outros olhos, críticos com relação à sociedade e que as mudanças sociais ultrapassaram os limites da escola. “A gente tem voz, mas precisa ser ouvido. Por meio do projeto, estes alunos conseguem ser ouvidos”, afirma a estudante.
Texto: Gustavo Ferreira
Foto: Roberta Aragão
Para o compartilhamento desses materiais, foi realizada a 3ª Mostra Nacional de Vídeo Cidadão, na manhã desta quinta-feira, 20, abrindo o dia da II Conferência Sul-Americana e VII Conferência Brasileira de Mídia Cidadã. Cerca de 20 trabalhos foram apresentados para um grande público, mostrando a relação entre a comunicação cidadã e o próprio povo, por vários ângulos.
Foram expostos vídeos produzidos em universidades de outros estados, além de produções locais, valorizando os múltiplos pontos de vista sobre como fazer uma mídia voltada para as comunidades, cada vez mais próxima do cidadão.
Uma das expositoras, a professora Ariane Pereira, da Universidade Federal do Centro-Oeste (UNICENTRO-PR) mostrou a situação de abandono de alguns bairros pobres da cidade paranaense de Guarapuava. A série de vídeos “A voz das ruas”, projeto realizado pelos seus alunos de Jornalismo, denuncia o descaso por parte do poder público com relação aos moradores.
Segundo Ariane, idealizadora da Mostra em 2009, a proposta é a de divulgar pesquisas e suscitar discussões: “O Brasil é um pais plural e a idéia é a de mostrar a todo o país as problemáticas existentes e promover o debate de idéias para construir uma comunicação cidadã”. Além de promover o debate, o evento tem como objetivo “fomentar a produção científica nacional, com relação à mídia cidadã, para que mais pessoas no Brasil inteiro tenham acesso a esses vídeos e possam participar dos debates. Esse é o foco do evento”.
Raquel Trindade, aluna do 4º semestre de Jornalismo da UFPA, mostrou um projeto de Rádio Escolar na Ilha de Caratateua, em Belém. Os alunos da Escola Estadual do Outeiro fazem funcionar, orientados em uma oficina de rádio, uma estação com programação própria transmitida para todo o colégio, graças à dedicação de professores e dos próprios jovens. Para Raquel, a proposta era buscar uma mídia alternativa que propusesse um benefício social a uma comunidade. “Quando falamos de mídias alternativas, o intuito é de que ela seja um transformador social, e neste caso de Outeiro, foi o que aconteceu”, disse a estudante.
Ainda sobre a Rádio Escolar, os alunos engajados no projeto passaram a enxergar o mundo com outros olhos, críticos com relação à sociedade e que as mudanças sociais ultrapassaram os limites da escola. “A gente tem voz, mas precisa ser ouvido. Por meio do projeto, estes alunos conseguem ser ouvidos”, afirma a estudante.
Texto: Gustavo Ferreira
Foto: Roberta Aragão
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