Belém, de 17 a 22 de outubro
Centro de eventos Benedito Nunes


Acompanhe as notícias da II Conferência Sul-Americana e VII Conferência Brasileira de Mídia Cidadã! O evento, promovido pela Cátedra UNESCO/UMESP de Comunicação para o Desenvolvimento Regional e Rede Nacional Pró-Mídia Cidadã, é uma realização da Universidade Federal do Pará.


Para mais informações acesse o site: http://www.midiacidada.ufpa.br/




sábado, 22 de outubro de 2011

Mídia Cidadã abre espaço para a democratização da comunicação

Painel realizado na manhã desta sexta, 21, suscita discussões sobre uma comunicação popular e democrática.

A luta por uma comunicação mais abrangente e democrática é um dos objetivos principais do Mídia Cidadã 2011. Mudanças de postura, preocupação com o cidadão e, acima de tudo, a possibilidade de diferentes comunidades se integrarem ao mundo e serem vistas e ouvidas. Todas essas possibilidades estiveram em pauta no Painel “A Luta pela Democratização da Comunicação”, realizado no Auditório Setorial Profissional da UFPA.

Para integrar a mesa e expor seus trabalhos, estiveram presentes a professora Edna de Mello Silva, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Bruno Brasil, da ONG Comitê de Democratização da Informática (CDI), e Solange Engelmann, represente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O painel foi mediado pela jornalista e analista de Ciência e Tecnologia do Museu Paraense Emílio Goeldi, Joice Santos.

Os trabalhos apresentados mostraram a necessidade de uma maior participação de comunidades isoladas no processo de construção e divulgação de conhecimento. Para Edna, representante de um projeto de pesquisa sobre a realidade de índios no Tocantins, o jornalismo ensinado nas universidades foge do interesse das comunidades. “Para ser mediador, o jornalista deve ouvir mais, estar mais próximo da realidade das pessoas”, afirma a pesquisadora.

Tecnologia e inclusão
Representante do CDI no Pará, Bruno Brasil contou a experiência de atuação do projeto, pioneiro em inclusão digital no Brasil e referência internacional. Tendo como objetivos a qualificação técnica e a promoção de cidadania em comunidades de baixa renda por meio da tecnologia, a ONG também oferece serviços à população, como cursos e qualificação promocional.


Bruno considera a comunicação uma ferramenta de mudança social: “o impacto que nós queremos é a transformação nas comunidades, e isso só acontece se todos caminharem juntos, pelo mesmo objetivo”, ressalta.

Comunicação e movimentos sociais
A comunicação de um dos movimentos sociais mais conhecidos e articulados do Brasil também esteve representada. Solange Engelmann falou como o MST se organiza e mostra para a sociedade os posicionamentos da instituição. Por meio das diversas mídias em que o Movimento atua, do impresso à web, Solange reafirma as falhas do processo comunicacional social: “Esta comunicação do MST mostra a necessidade dela ser um direito do cidadão, como sujeito do processo”.

A integrante do MST também propõe uma mudança de atitude por parte dos governos, com relação à legislação sobre concessões públicas de rádio, além de um maior espaço na mídia hegemônica para produções alternativas. Para ela, “a democratização da comunicação deve estar inserida em um projeto de mudança política e transformação social”.

Texto: Gustavo Ferreira
Foto: Renan Mendes

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