As práticas possíveis de cidadania e os desafios para se alcançar a comunicação plena na cultura digital foram algumas das questões apresentadas por Maria Cristina Gobbi (Universidade Estadual Paulista/Bauru/SP - UNESP) e por Joice Santos (Museu Paraense Emílio Goeldi - MPEG), durante o penúltimo painel do Mídia Cidadã, “Cultura digital e cidadania”.
Maria Cristina Gobbi discutiu temas centrais para uma reflexão crítica em relação à cultura digital e a todas as possibilidades. No contexto atual, de grande diversidade cultural e comunicacional, é notória a potencialidade de todos falarem. “Mas se todos falam, quem escuta?” – questionou a professora e pesquisadora.
Em entrevista, Gobbi afirmou que ao pensar o processo comunicativo em relação à internet e à televisão digital, “em que as grandes bandeiras são que ‘todos têm que ter voz’, como profissionais da área de comunicação a gente tem que pensar: se todos têm que ter voz, todos têm que ouvir também, então tem que ser recíproco”. Entendendo a comunicação enquanto um processo, ela continua: “Então essa recíproca tem sempre que ser verdadeira, porque senão não há um processo: se torna uma via de mão única, que era o que acontecia (o que acontece) com os meios de comunicação de massa – um fala e todo mundo ouve. Nós só invertemos: todos falam e ‘um’ só ouve...”.
Apostando na cultura digital enquanto uma possível saída para ampliar o conhecimento da diversidade sócio-cultural e ambiental da Amazônia, Joice Santos também falou em entrevista sobre os desafios para melhorar as condições dessa cultura para quem tem acesso limitado a ela: “Eu acredito sim, eu acho que isso é mais do que possível. Você tem hoje uma possibilidade de fazer algo que há dez anos atrás necessitava ter muito dinheiro. Então hoje a gente não tem mais essa barreira econômica: a nossa barreira é de melhorar a qualidade de serviço e ampliar”.
A diversidade de situações, de questões, de cenários, a possibilidade das pessoas terem acesso e aproveitar esse acesso não só como consumidor mas sendo produtor de informação são barreiras, mas para a assessora de comunicação do MPEG, “a gente tem condições de melhorar bastante esse jogo pro nosso lado. A gente não só tem a condição, acho que a gente tem o dever de fazer”.
Fica o recado...
Para compartilhar, fica a mensagem de Joice Santos dita ao final da entrevista: “A gente vive num mundo tão desigual, num país tão desigual, e essa desigualdade é uma barreira para a possibilidade das pessoas viverem melhor. E se você se incomoda com isso você tem a obrigação de fazer alguma coisa. E essa obrigação de fazer alguma coisa não significa sofrimento: a gente pode fazer alguma coisa, aprender e se divertir, e é isso que eu tento fazer”.
Texto: Élida Cristo
Maria Cristina Gobbi discutiu temas centrais para uma reflexão crítica em relação à cultura digital e a todas as possibilidades. No contexto atual, de grande diversidade cultural e comunicacional, é notória a potencialidade de todos falarem. “Mas se todos falam, quem escuta?” – questionou a professora e pesquisadora.
Em entrevista, Gobbi afirmou que ao pensar o processo comunicativo em relação à internet e à televisão digital, “em que as grandes bandeiras são que ‘todos têm que ter voz’, como profissionais da área de comunicação a gente tem que pensar: se todos têm que ter voz, todos têm que ouvir também, então tem que ser recíproco”. Entendendo a comunicação enquanto um processo, ela continua: “Então essa recíproca tem sempre que ser verdadeira, porque senão não há um processo: se torna uma via de mão única, que era o que acontecia (o que acontece) com os meios de comunicação de massa – um fala e todo mundo ouve. Nós só invertemos: todos falam e ‘um’ só ouve...”.
Apostando na cultura digital enquanto uma possível saída para ampliar o conhecimento da diversidade sócio-cultural e ambiental da Amazônia, Joice Santos também falou em entrevista sobre os desafios para melhorar as condições dessa cultura para quem tem acesso limitado a ela: “Eu acredito sim, eu acho que isso é mais do que possível. Você tem hoje uma possibilidade de fazer algo que há dez anos atrás necessitava ter muito dinheiro. Então hoje a gente não tem mais essa barreira econômica: a nossa barreira é de melhorar a qualidade de serviço e ampliar”.
A diversidade de situações, de questões, de cenários, a possibilidade das pessoas terem acesso e aproveitar esse acesso não só como consumidor mas sendo produtor de informação são barreiras, mas para a assessora de comunicação do MPEG, “a gente tem condições de melhorar bastante esse jogo pro nosso lado. A gente não só tem a condição, acho que a gente tem o dever de fazer”.
Fica o recado...
Para compartilhar, fica a mensagem de Joice Santos dita ao final da entrevista: “A gente vive num mundo tão desigual, num país tão desigual, e essa desigualdade é uma barreira para a possibilidade das pessoas viverem melhor. E se você se incomoda com isso você tem a obrigação de fazer alguma coisa. E essa obrigação de fazer alguma coisa não significa sofrimento: a gente pode fazer alguma coisa, aprender e se divertir, e é isso que eu tento fazer”.
Texto: Élida Cristo
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