Uma das “metas” do direito à comunicação é promover a pluralidade de meios e de conteúdos e a expressão da diversidade cultural. Numa região diversa e plural, como é o caso da Amazônia, garantir o direito de comunicar requer uma reflexão sobre o espaço que seja sensível à sua complexidade social e cultural.
Na Amazônia, longas distâncias – muito longas, se levarmos em consideração que na atualidade é possível se comunicar em tempo real com outros países – separam sub-regiões, cidades, comunidades dentro de um mesmo município. As diferentes formas de ocupação do território geraram variadas formas de organização sócio-espacial. Todas essas – e outras – particularidades fazem das noções de urbano/rural, perto/longe, moderno/tradicional categorias relativas. Por isso toda e qualquer iniciativa que vise promover a cidadania comunicacional na região precisa levar toda essa diversidade em consideração.
A comunicação midiática, por exemplo, ainda não é realidade para determinados grupos sociais, que ainda utilizam a comunicação face a face, oral, como a principal forma de comunicar. Por outro lado, muitas comunidades, até pouco tempo isoladas, hoje se encontram mais “conectadas” com o mundo do que com a própria região, através das antenas parabólicas que muitas vezes impedem o acesso à programação televisiva local. Nas cidades, sobretudo nas capitais, aumentam as formas alternativas de comunicação, tanto nas ruas dos centros urbanos como nas periferias, através de comunicação visual, sonora, interpessoal, ou no mundo virtual dos sites, blogs e redes sociais.
Na condição de excluídos do direito à comunicação, muitos grupos sociais da Amazônia reivindicam – como em tantos outros lugares – não apenas o direito de se expressar, mas o direito de serem ouvidos. Há muito o que dizer, o que ensinar, o que lutar, o que reivindicar. A demanda existe, mas há carência de garantia à plena comunicação.
Texto: Élida Cristo
Na Amazônia, longas distâncias – muito longas, se levarmos em consideração que na atualidade é possível se comunicar em tempo real com outros países – separam sub-regiões, cidades, comunidades dentro de um mesmo município. As diferentes formas de ocupação do território geraram variadas formas de organização sócio-espacial. Todas essas – e outras – particularidades fazem das noções de urbano/rural, perto/longe, moderno/tradicional categorias relativas. Por isso toda e qualquer iniciativa que vise promover a cidadania comunicacional na região precisa levar toda essa diversidade em consideração.
A comunicação midiática, por exemplo, ainda não é realidade para determinados grupos sociais, que ainda utilizam a comunicação face a face, oral, como a principal forma de comunicar. Por outro lado, muitas comunidades, até pouco tempo isoladas, hoje se encontram mais “conectadas” com o mundo do que com a própria região, através das antenas parabólicas que muitas vezes impedem o acesso à programação televisiva local. Nas cidades, sobretudo nas capitais, aumentam as formas alternativas de comunicação, tanto nas ruas dos centros urbanos como nas periferias, através de comunicação visual, sonora, interpessoal, ou no mundo virtual dos sites, blogs e redes sociais.
Na condição de excluídos do direito à comunicação, muitos grupos sociais da Amazônia reivindicam – como em tantos outros lugares – não apenas o direito de se expressar, mas o direito de serem ouvidos. Há muito o que dizer, o que ensinar, o que lutar, o que reivindicar. A demanda existe, mas há carência de garantia à plena comunicação.
Texto: Élida Cristo
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