Discutir direitos e cidadania durante toda a programação do ALAIC e do Mídia Cidadã e não propor, na prática, acesso amplo a toda essa discussão seria pouco para uma programação que já foi concebida para ser democrática. Foi nessa perspectiva que uma das parcerias do evento proporcionou a transmissão de boa parte da programação através da Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS).
Foi a Faculdade Ipiranga (Belém-PA), a partir de toda a sua experiência no que diz respeito à LIBRAS, que disponibilizou tradutores que puderam transmitir algumas das principais atividades para as pessoas com deficiência auditiva - e que também puderam acompanhar o evento ao vivo através do site http://www.midiacidada.ufpa.br/.
Assim, por por meio desses profissionais que foi possível termos uma maior acesso aos debates que o Mídia Cidadã 2011 suscitou. Proposta da Equipe de Organização, essa traudução foi uma forma de tentar chegar aos mais diversos e erestritos públicos e de também dizer que aqui na Amazônia, comunicar é um direito - assim como o acesso à informação.
LIBRAS
Consideradas línguas com estruturas gramaticais próprias, compostas pelos diferentes níveis lingüísticos (fonológico, morfológico, sintático e semântico), as línguas de sinais não são simplesmente mímicas ou gestos soltos. São línguas oficiais como o francês e o inglês. Os sinais que dão origem a palavras e ideias são formados “a partir da combinação da forma e do movimento das mãos e do ponto no corpo ou no espaço onde esses sinais são feitos” (Leia mais aqui).
Texto: Élida Cristo
Foto: Marília Jardim